quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Dor de Cabeça


Cheio de lixo estão as ruas
As duas mudas que plantei estão secas
De tantas maneiras, vou tentando
Me acostumar com o veterano que não enxerga o que vê
Não entende o que le e continua voando
Na brisa da cachaça que o mantém forte, mais uma vítima do corte
Só não pense na morte por que pra ela não tem jeito
Só se vive uma vez, isso é fato
Não há como ser feliz tendo sempre o abstrato
No seu prato só tem moscas e mesmo assim batalha
Pela saúde, pela atitude, por mais um contrato
Os impostos sugam todo seu suor que ta difícil de escorrer
Não sobra nada, não tem nada
Todo dia é chance para aquele que renasce das cinzas
Para quem ultrapassa de ônibus os carros importados
Para quem faz dos desafios histórias da vida
Sofrida, corrida, verdade, mentira
Escrevo isso por que não passo maquiagem na realidade
Não freqüento clínica de massagem com facilidade
Gente passando necessidade
Choro por saber que há leões dominando a cidade
A minha idade esta aumentando
Minha paciência esgostando com tão pouco tempo que tenho
Pra realizar meus sonhos e fantasia
Pra ser feliz e de pernas pro ar um dia
Nostalgia, ousadia, energia, pão nosso de cada...
Eu até poderia ser outra pessoa, mas prefiro evitar rebeldia.

 

Um comentário:

  1. Belas são as palavras que cortam feito espada a conciência breve dos pseudos cidadãos, porém, nunca vão arranhar a casca blindada do dinheiro capitalista. O remorso da sociedade degradante no final acaba sendo pros fracos até que eu me torne a vitima por ser esse mesmo fraco!

    Adoro esse blog! precisamos de espaço assim para reflitir o cotiadiano puro e caotico do novo seculo!

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