domingo, 26 de setembro de 2010

Respondendo a um chamado


Ao parar o carro no acostamento por alguma falha no motor, conheci uma velha senhora que disse morar perto e sabia quem poderia ajudar, logo passamos por uma estradinha paralela à rodovia que logo se tornou uma rua estreita.
Chegamos a um vilarejo e haviam algumas casas por ali, todas de madeira rústica que em nada contrastavam com a vegetação do lugar, a principio me incomodei com a simplicidade do ambiente, não tinha sequer asfalto ou cimento, mas pouco a pouco compreendi a maravilha da vida que os habitantes tinham ali. Era como uma cidade no meio da floresta, o que de fato era. As árvores tão altas formavam um arco ao se encontrarem em sua grandeza, faziam o sol do meio-dia parecer oito da manhã e não existia traço de poluição de qualquer espécie.
Passando por uma flor senti um toque nos cabelos e ao me voltar, com espanto notei que a planta tomava uma forma que de algum modo se parecia com a humana, delicada como o som de seu cantar lírico e profundo. Contou-me sobre o lugar e da beleza e felicidade que existiam naquela terra, olhando para os lados pensei, o que pretendemos quando construímos nosso paraíso artificial, cinza e fedorento. A natureza nos chama e com certeza, na minha soleira de madeira tem uma cadeira de balanço e uma enxada.

Um comentário:

  1. Seria isto a continuação de Alice no País das Maravilhas? rsrs

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